Nossa realidade cotidiana muitas vezes nos distancia de nossa verdadeira identidade espiritual.
Por trás da aparente realidade, existe a realidade oculta, porém os desejos incongruentes de nosso ego obscurecem as necessidades de nosso supremo Ser.
Pensamos a vida sob ponto de vista intelectual e material.
Deixamos aflorar excessivamente nossa objetividade e nos distanciamos de nossos chamados mais profundos.
Buscamos compreender a totalidade e a complexidade da vida, porém somos tomados por nossa mente racional. Nossa mente sabota o real!
Muitas pessoas se agarram aos acessórios ilusórios que a vida nos oferece negando a oportunidade do despertar da sábia Voz Interior.
Desnudar-se de todo o conteúdo mental e emocional, permite o vazio, e facilita o brotar do desejo real de nosso Ser.
Descrevo agora o floral Indica de Saint Germain que nos auxilia a desvendar o nosso Eu maior.
Indica ( Canna indica )
Florais de Saint Germain
Indica é a essência que nos revela o que está por trás das aparências. Ativa a nossa intuição, despertando a visão interna.
Atua basicamente equilibrando e ativando o chacra frontal ( Terceiro Olho ).
Esse floral é extremamente útil quando não conseguimos desvendar o cenário que nos parece obscuro e ameaçador. Trabalha o despertar da consciência e acalma nossa visão dos fatos, clarificando e deixando emergir nossa sábia “Voz Interior”.
O texto que segue abaixo é uma homenagem a Heráclito e Osho e pode ser encontrado no livro: A Harmonia Oculta
mesmo Desperto
Em seus momentos despertos
os homens são tão negligentes
e descuidados com aquilo que os circunda
como o são quando adormecidos.
Tolos! Embora ouçam,
são como surdos;
a eles aplica-se o adágio:
mesmo presentes
estão sempre ausentes.
Não se deve agir ou falar
como os que dormem.
Os despertos têm um mundo em comum;
os adormecidos, cada um o seu próprio mundo privado.
Tudo o que vemos quando despertos é morte,
quando adormecidos, são sonhos.
Heráclito
Você dorme quando dorme, mas dorme também quando está desperto. O que isso significa? — pois é isso o que diz Buda, é o que diz Jesus, é o que diz Heráclito. Você parece bem acordado, mas apenas na aparência; no fundo está sempre dormindo.
Até mesmo agora está dormindo por dentro: continuam mil e um pensamentos — e você não tem consciência do que está acontecendo, não percebe o que está fazendo, não sabe quem você é.
Move-se como as pessoas que se movem dormindo.
Esse sono é mais profundo que o comum. Esse sono é como estar bêbado: você pode se movimentar um pouco, fazer algumas coisas, pode também estar um pouco consciente — mas bêbado; não sabe exatamente o que está acontecendo. O que você fez no passado? Pode se lembrar exatamente? Por que fez o que fez? O que aconteceu com você? Estava alerta enquanto estava acontecendo? Você se apaixona e não sabe por que, sente raiva e não sabe por quê. É claro que pode encontrar desculpas; racionaliza tudo o que faz — mas racionalização não é consciência.
Consciência significa que tudo o que está acontecendo no momento acontece com plena consciência: você está presente. Se você está presente quando a raiva está acontecendo, a raiva não acontece. Só pode acontecer se você estiver profundamente adormecido. Quando está presente, começa uma transformação imediata em seu ser, porque quando se está presente, atento, muitas coisas simples-mente não são possíveis. Tudo o que se chama de 'pecado' não é possível quando você está alerta. Assim, na verdade só existe um pecado, que é a inconsciência.
A origem da palavra 'pecado' é estar ausente. Não significa cometer alguma coisa errada; significa simplesmente estar à parte, estar ausente. A raiz hebraica para a palavra 'pecado' significa estar ausente. Isso ocorre em algumas palavras inglesas: 'misconduce (ausência de conduta) e 'misbehavior' (ausência de comportamento). O verbo 'to miss' significa não estar presente, fazer alguma coisa sem estar presente — este é o único pecado. E a única virtude consiste em fazer alguma coisa em completo alerta — o que Gurdjieff chama de lembrança de si, o que Buda chama de estar corretamente atento, o que Krishnamurti chama de consciência, o que Kabir chamou de surati: estar presente!
Isso é tudo o que é preciso, mais nada; você não precisa mudar nada. E mesmo que tente ajudar, não pode.
Você tem tentado mudar muitas coisas dentro de si. Conseguiu? Quantas vezes você decidiu não sentir raiva novamente? O que houve com a sua decisão? Quando chega a hora você cai de novo na mesma armadilha: sente raiva e quando a raiva se vai, você se arrepende. Tornou-se um círculo vicioso: descarrega a raiva e se arrepende, depois está pronto para descarregar outra vez.
Lembre-se: mesmo quando está se arrependendo, você não está presente; esse arrependimento também faz parte do pecado. É por isso que nada acontece. Você continua tentando, tentando, toma muitas decisões, faz muitas promessas, mas nada acontece — você permanece igual, é exatamente o mesmo desde quando nasceu, nem uma leve mudança aconteceu em você. Não que você não tenha tentado , não que não tenha feito o suficiente. Você tentou, tentou, tentou, e fracassou, porque não é uma questão de esforço. Mais esforço não vai adiantar. É uma questão de estar alerta, e não de se esforçar.
Se você está alerta, muitas coisas simplesmente desaparecem; você não precisa abandoná-las. Quando se está alerta certas coisas são impossíveis. Esta é minha definição de pecado: estando alerta, certas coisas não são possíveis — elas são pecados; estando alerta, somente certas coisas são possíveis — as virtudes. Não existe nenhuma outra definição, nenhum outro critério. Você não pode se apaixonar se estiver alerta; apaixonar-se é um pecado. Você pode amar, mas isso não será uma queda, será uma ascensão.
Por que se usa o termo 'cair de amor'? É uma queda; você está caindo, não se elevando. Em estado de alerta, cair é impossível — nem mesmo por amor. Não é possível, é simplesmente impossível! Estando alerta, é impossível — você se eleva no amor. E elevar-se no amor é um fenômeno totalmente diferente de cair de amor. Cair de amor é um estado de sonho.
Por isso é possível ver as pessoas apaixonadas pelos seus olhos: é como se elas estivessem mais adormecidas do que as outras, estivessem intoxicadas, sonhando. Pode-se ver que os seus olhos revelam uma sonolência. As pessoas que se elevam no amor são totalmente diferentes. Pode-se ver que elas não estão mais num sonho, estão vendo a realidade e crescendo através dela. Procure entender o que é exatamente esse sono, porque se você puder sentir o que é , já começou a ficar alerta! — já está a caminho de sair dele. O que é esse sono?
Como ele acontece? Qual é o mecanismo? Qual é o seu modus operandi?
A mente sempre está no passado ou no futuro — este é o seu modus operandi — jamais está no presente. Não pode estar no presente, é absolutamente impossível para a mente estar no presente. Quando você está no presente, a mente não está mais, porque mente significa pensamento. Como se pode pensar no presente? Pode-se pensar no passado; ele já se tornou parte da memória, a mente pode manipulá-lo. Pode pensar no futuro; ele ainda não existe, a mente pode sonhar com ele. A mente pode fazer duas coisas: mover-se para o passado — há bastante espaço para se mover no vasto espaço do passado, você pode ir até onde quiser; ou mover-se para o futuro — outra vez um vasto espaço, sem fim, no qual você pode imaginar e sonhar à vontade. Mas como a mente pode funcionar no presente? Não há nenhum espaço; o presente não tem espaço para que a mente se movimente.
O presente é somente uma linha divisória, nada mais. Não tem nenhum espaço, divide o passado e o futuro; é só uma linha divisória. Pode-se estar no presente, mas não se pode pensar; para pensar é necessário espaço. Os pensamentos precisam de espaço, são como as coisas — lembre-se disso. Os pensamentos são coisas sutis, são concretos; não são espirituais, pois a dimensão do espiritual só começa quando não existem pensamentos. Os pensamentos são coisas materiais, muito sutis, e tudo o que é material precisa de espaço. Não se pode estar pensando no presente; o momento em que você começa a pensar, já é passado.
Você vê que o sol está nascendo; vê e diz: "Que belo nascer de sol" — ele já é passado. Quando o sol está nascendo não há margem nem para se dizer: "Que bonito!", porque ao pronunciar essas palavras, a experiência já se tornou passada, a mente já a apreendeu na memória. Mas exatamente no momento em que o sol está nascendo, exatamente quando está se erguendo, como se pode pensar? Você pode estar com o sol nascente, mas não pode pensar. Há espaço suficiente para você, mas não para os pensamentos.
Ao ver uma bonita flor no jardim, você comenta: "Que rosa bonita". Nesse momento, já não está mais com a rosa; ela já é uma memória. Quando a flor e você estão presentes, ambos presentes, um diante do outro, como você pode pensar? O que pode pensar? Como o pensamento é possível? Não há espaço para isso. O espaço é tão estreito — na verdade não há nenhum espaço — que você e a flor nem mesmo podem existir como dois, porque não há espaço suficiente para dois. Somente um pode existir.
É por isso que numa profunda presença você é a flor e a flor torna-se você. Você também é um pensamento — a flor também é um pensamento na mente. Quando não há pensamento, quem é a flor e quem está observando? O observador torna-se o observado.
De repente os limites se perdem. De repente você penetrou na flor e a flor penetrou em você. De repente vocês não são dois — só existe um.
Quando começa a pensar, você se torna dois novamente. Se você não pensa, onde está a dualidade? Quando você existe com a flor, sem pensar, há um diálogo; não um dueto, mas um diálogo. Quando você está com o seu amante há um diálogo, não um dueto, pois não existem dois. Sentado ao lado da pessoa que você ama, de mãos dadas com ela, você simplesmente existe. Não pensa nos dias passados que já se foram; não pensa no futuro que ainda não veio — está aqui e agora. E é tão belo estar aqui e agora, e tão intenso; nenhum pensamento pode penetrar nessa intensidade. E a passagem é estreita — a porta para o presente é estreita! Nem mesmo dois podem entrar juntos, apenas um.
No presente, não é possível pensar, não é possível sonhar, pois sonhar nada mais é do que pensar com figuras. Ambos são coisas, ambos são materiais.
Quando você está no presente sem pensar, pela primeira vez está sendo espiritual.
Uma nova dimensão se abre — essa dimensão é a consciência. Por você ainda não conhecer essa dimensão, Heráclito diz que você está dormindo, não está alerta. Estar alerta significa estar tão totalmente no momento, que não há nenhum movimento em direção ao futuro — todo o movimento cessa. Isso não significa que você se torne estático. Um novo movimento tem início, um movimento em profundidade.
Existem dois tipos de movimento — é isso que a cruz de Jesus significa; indica dois movimentos, um cruzamento. Um deles é linear: você se move numa linha, de uma coisa para outra, de um pensamento para outro, de um sonho para outro; de A para B, de B para C e de C para D.
É assim que você se move, linear-mente, horizontalmente. É esse o movimento do tempo; é o movimento de quem está dormindo profundamente. É um vai e vem, para frente e para trás — há uma linha. Você pode ir de B para A ou de A para B — há uma linha. Existe outro movimento que acontece numa dimensão totalmente diferente. Esse movimento não é horizontal, é vertical. Você não vai de A para B, de B para C; vai de A para um A mais profundo: de A1 para A2, A3, A4, em profundidade — ou em altura.
Quando o pensamento pára, esse novo movimento tem inicio. Agora você cai nas profundezas, num fenômeno semelhante a um abismo. As pessoas que estão meditando profundamente, mais cedo ou mais tarde chegam a esse ponto; depois sentem medo, pois é como se um abismo infinito estivesse aberto; — você se sente tonto, sente medo.
Gostaria de se prender ao velho movimento porque era conhecido; este lhe dá uma sensação de morte. É o significado da cruz de Jesus: a morte. Morrer é ir do horizontal para o vertical — esta é a morte real.
Mas é uma morte unilateral; do outro lado está a ressurreição; é morrer para renascer; é morrer numa dimensão e renascer em outra. Na horizontal, você é Jesus; na vertical, você se torna Cristo.
Se você vai de um pensamento para outro, permanece no mundo do tempo. Se você se move no momento, e não no pensamento, move-se na eternidade; você não é estático — nada neste mundo é estático, nada pode ser — mas há um novo movimento, um movimento desmotivado.
Lembre-se destas palavras. Na linha horizontal você se move com uma motivação. Tem de conseguir alguma coisa — dinheiro, prestígio, poder, ou Deus; mas tem de conseguir alguma coisa, há uma motivação. Movimento motivado significa sono.
Um movimento desmotivado significa consciência — você se move pelo puro prazer de se mover, move-se porque movimento é vida, move-se porque vida é energia e energia é movimento. Você se move porque energia é prazer — por mais nada. Não há nenhum objetivo, você não está atrás de nada. Na verdade, não está indo a parte alguma, nem mesmo está indo — está simplesmente se deleitando com a energia. Não há nenhum objetivo além do movimento; o movimento tem seu próprio valor intrínseco, nenhum valor extrínseco. Um Buda também vive; um Heráclito também vive; eu estou aqui, respirando — mas em um tipo diferente de movimento: desmotivado. O mundo inteiro se move, a existência se move para a eternidade; a mente se move no tempo. A existência está se movendo para baixo e para o alto; a mente se move para frente e para trás. A mente se move horizontalmente: isso é sono. Se você pode se mover verticalmente, isso é consciência.
Esteja no momento. Traga todo o seu ser para o momento. Não permita que o passado interfira, e não deixe o futuro entrar! Não há mais passado, ele está morto. O tempo é o mundo e a eternidade é Deus; o mundo é horizontal e Deus é vertical.
Ambos se encontram num ponto — onde Jesus é crucificado. Ambos se encontram, o horizontal e o vertical se encontram num ponto — o ponto é aqui e agora.
A partir do aqui e do agora você pode iniciar duas jornadas: uma jornada no mundo, no futuro; ou uma jornada para Deus, para as profundezas. Esteja cada vez mais atento, cada vez mais alerta e sensível para o presente.
Márcia Correia Figueiredo
Terapeuta Floral
Astrologia com abordagem terapêutica
Programação Neuro-Linguística
Formação Terapêutica
Radiestesia
Alimentação Macrobiótica
2 comentários:
Márcia, que lindo site e que matérias magnificas vc postou! Bjs Leda
Márcia, que lindo site e as matérias publicadas magníficas!
bjs Leda
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